Não é tempo de ter medo de ser vista tentando
Que o medo não nos bloqueie tanto ao ponto de abrirmos mão do que é importante
Tenho aprendido que algumas coisas vão deixando de fazer sentido para que outras possam se manifestar na nossa vida. Isso tem me ensinado que não importa o tempo que leve para que novos desejos se manifestem, mas em algum momento, ou nos momentos mais aleatórios é possível acontecer. Pode aparecer em um dia em que você está em uma fase muito importante da sua vida, ou em um momento que nada está fazendo sentido. Não sabemos muito bem a periodicidade da sua chegada, a única coisa que sei é que precisamos estar com o coração aberto para conseguir interpretar a sua mensagem.
Quando ouvimos a palavra amor, automaticamente pensamos no amor romântico, não é mesmo? Eu acredito muito no amor romântico, mas não é dele que quero escrever. Quero escrever sobre o seu amor por você e pelas coisas que a fazem se sentir viva e digna de uma vida significativa, onde a sua essência exala por onde passa. Onde você não precisa se quebrar em pedaços para caber em um lugar.
Com o avanço das redes sociais e com o bombardeio de conteúdos que nos é apresentada todos os dias, é difícil encontrar o nosso lugar ali. É difícil não nos compararmos e não nos cobrarmos com os números que muitas vezes não chegam. Eu não sei você, mas tem dias que isso me afeta demais e a minha vontade é de sumir e nunca mais compartilhar um único conteúdo.
Mas, como tenho trabalhado muito dentro do meu interno essa necessidade de querer ganhar likes ou comentários para reconhecer o valor das coisas que posto, tem sido muito necessário esse teste diário. E é exatamente esse conflito que me fez ser mais constante em tudo que faço ou que eu realmente não quero mais fazer. Isso também tem me tornado mais focada para as coisas que valem a pena eu insistir.
Eu sempre fui muito focada no resultado no final dos outros, antes, eu nunca fui uma pessoa de valorizar a caminhada à própria caminhada. E eu morria de medo que as pessoas me vissem tentando, errando e recomeçando. E esse medo bloqueou meu lado mais espontâneo, criativo e comunicativo por anos de uma forma muito dolorida. Eu não pretendo voltar para esse lugar sombrio mais, por isso, mesmo sem engajamento eu tenho sim me dado a chance de colocar minhas criações no mundo.
É um exercício diário que eu faço com os meus pensamentos de não focar no resultado imediato e sim com as consequências que só o longo prazo é capaz de nos trazer. Confesso que não há nada de agradável nisso, mas ao mesmo tempo, eu tenho aprendido a usar esse tempo em que ninguém parece se importar com o que eu crio para testar, criar e brincar. Com a escrita também tem sido assim. Mesmo que ninguém leia o que eu escrevo, eu estou aqui criando bagagem e repertório e criatividade.
Outra coisa, mesmo que eu queira que as pessoas me conheçam, eu não quero fazer isso só pensando no algoritmo ou resultado x. Eu quero aproveitar tudo o que posso para amadurecer e fortalecer minhas ideias no meu próprio ritmo, respeitando minhas limitações e a minha história. Quando escrevi no começo do texto que algumas coisas deixam de fazer sentido é porque não faz mais sentido para eu ficar me escondendo atrás de um desejo apenas. Não faz mais sentido eu ter vergonha de compartilhar minhas criações, sejam elas quais forem. Tem dias que eu não tenho emocional para isso, mas sair um pouco do emocional e ir para a prática sem buscar perfeccionismo tem me feito valorizar mais o processo.
Caso tenha alguém aí, do outro lado, espero que essa leitura tenha inspirado você de uma forma boa e positiva. E caso você tenha interesse em compartilhar um conselho ou uma experiência parecida, não deixe de compartilhar, ficarei muito feliz em ler suas impressões sobre o assunto.
Até o nosso próximo encontro!
Com amor, Bi <3
texto lindo!!!!!
O medo de aparecer é real (até escrevi sobre como isso travou minha evolução), mas uma hora temos que agir. E aproveitar os ensinamentos que só o processo nos dá!!