Quando a hora de ir embora é muito mais importante do que permanecer
As vozes da nossa cabeça também comunicam quando é hora de ir
Sempre que me pego pensando demais, chego à conclusão de que esse é um dos motivos pelos quais eu escrevo. A sensação que fica é a de que eu descobri um super segredo sobre mim mesmo, a escrita. Teve muitos momentos frustrantes em que eu não fazia ideia de como superar ou lidar com alguma situação, mas a escrita sempre esteve ali comigo, me ajudando a entender o que acontecia dentro e fora mim.
Mesmo quando eu não tinha noção da força dela na minha vida. Foi no ano passado que eu comecei a escrever para valer, para compartilhar e para me revelar ao mundo. E desde então, eu consigo criar muitos diálogos profundos comigo mesma. Consigo chegar a conclusões que antes não fazia ideia de que era possível.
Uma das conversas profundas que consegui administrar dentro de mim é a de reavaliar ambientes que não nos fazem bem. E o quanto esses ambientes podem ser prejudiciais tanto para a nossa saúde mental quanto física. O corpo dá um jeito de reagir, sempre.
Sabe aquele ambiente que faz você duvidar de si mesma? Ou que você se sente diminuída com palavras direcionadas para você? Ou quando há sempre comentários desagradáveis disfarçados de "brincadeirinhas"? Em muitos momentos, eu realmente achei que eram coisas da minha cabeça. Ou quando os mesmo erros só se repetem? Também já me culpei muito por sentir demais e por interpretar coisas que só eu havia percebido. Um olhar, uma fala, um gesto, um silêncio, uma atitude. Tudo eu percebo. Parece até um superpoder (risos).
Acredito que, com a escrita, eu tenho aprendido a respeitar a minha sensibilidade a situações e pessoas. Às vezes chamo de intuição, às vezes de percepção, depende para quem eu falo. E é isso que tem me moldado nessa fase da vida e também no meu eu do futuro.
Descobrir que nem todos os lugares são para nós, sem se colocar no papel de vítima, tem sido fundamental para o meu amadurecimento. Ao invés de me ver como uma coitadinha injustiçada, eu consigo me ver como alguém muito mais madura e capaz de escolher entre o ficar e o sair, entre o aceitar e o reagir, entre o escolherem por mim e o escolher.
Essa semana eu escrevi um pensamento e quero compartilhar:
É sempre bom lembrar que quando uma porta se fecha é porque já concluímos a nossa missão ali, naquele lugar. Algumas coisas não foram feitas para permanecer, apenas, para ensinar. Nem as coisas que são permanentes, permanecem iguais. Sempre há um tipo de alteração, um ajuste ali, um ajuste aqui. Então, quando uma porta se fechar, lembre-se que há muitas outras lhe esperando. Esteja com o coração aberto e se escute, não se ignore.
Quando você tenta se ignorar ao ponto de permanecer em um ambiente que só te machuca, você sempre será irá duvidar do seu valor. Pois, ao permanecer, você está permitindo que continuem te machucando. E isso, só vai se repetindo e repetindo até um dia você perceber “como foi que fui capaz de permitir isso?”, é aí que entra o arrependimento e a culpa.
Eu sei o quanto é difícil quando percebemos o quão passivo fomos ao permitir isso. Então, se escute mais, leve mais em consideração seus desconfortos e sentimentos, não se ignore para caber em lugares que não se importam genuinamente com você. Pois, quando chegar a hora de ir embora, você será a primeira a reconhecer que não há mais o que fazer ali, naquele lugar. Existem muitas outras portas esperando por você.
Com carinho, Bi. <3
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Sobre mim:
Me chamo Bianca, tenho 30 anos. Sou formada em jornalismo, escritora, pensadora. Gosto de assistir melodramas, conversas reflexivas e me emociono fácil. Em breve, bem em breve, lançarei um livro. Me segue no Instagram: biancarandrade (:
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Sim sim e sim!! O corpo nos fala, as vezes grita e mesmo assim eu só fui sair do lugar que não me cabia mais com uma dor emocional.
E se eu duvidava de mim? Eu não conseguia nem dar 1% do que eu tinha certeza do que era capaz e só pude voltar a evoluir saindo de lá.
Mas isso é algo realmente nos amadurece e nos dá uma clareza do que queremos ou não e de quem somos.