Oi gente bonita, tudo bem por aí?
Tenho tomado muito cuidado para não me culpar de forma tão agressiva pelo passado, especialmente por não ter conseguido ser uma boa pessoa para mim mesma. Essa culpa pelo passado tem me acompanhado, mas estou aprendendo a lidar com ela de maneira que envolva mais compaixão.
Quando o desconforto era meu
Houve momentos em que passei por cima da minha própria vontade para agradar. Fiz isso apenas para deixar alguém confortável, mesmo que isso me colocasse em profundo desconforto.
Carrego mágoas que são só minhas. E muitas vezes acabo me julgando no presente como se tudo tivesse sido culpa minha. Como se o fato de eu não ter aprendido a me defender com mais precisão naquela época fosse uma falha imperdoável.
É um trabalho e tanto viver com um passado que não pode ser refeito.
A dor de não ter me acolhido antes
Uma das culpas que mais carrego é por ter sido tão má comigo mesma. Por não ter tido coragem de assumir minha real personalidade. Por não ter enfrentado meus medos com mais objetividade.
Esses dias tive um pensamento:
Sou apenas uma garota de 30 anos, querendo encontrar a felicidade nas pequenas coisas da vida. Sou apenas uma garota buscando seu espaço no mundo.
E que, dentro do meu mundo, pode existir um lugar seguro para eu me apoiar quando o mundo não for tão gentil com os seus ensinamentos. Sou uma garota. Apenas uma garota no corpo de uma mulher de 30 anos. E que, a partir dos próximos anos, eu seja uma mulher acolhedora para receber a garota que dentro de mim ainda vive.
Um caderno de pensamentos
Esse trecho é de um texto que escrevi no meu caderno de pensamentos. Sim, eu tenho um caderno de pensamentos. E esse é um dos melhores presentes que me dei para os próximos anos.
Ter um caderno para refletir sobre a própria existência e tudo que faz parte dela, é um bom jeito de dialogar com a vida e de ajustar as coisas com mais presença.
Hoje, eu posso ser o que antes me faltou
Talvez eu não tenha sido um bom porto seguro para a minha versão do passado. Mas saber que agora posso ser esse lugar, mais maduro e mais honesto é uma boa forma de abraçar tudo que um dia me machucou e eu não sabia como fazer sarar.
Infelizmente ou felizmente, não tem como curar um machucado apenas escondendo a ferida com um band-aid. É preciso cuidar, passar um remédio que ajude na cicatrização e, o mais importante, dar tempo para que a ferida se recupere do tombo que a ocasionou.
Feridas da alma também precisam de tempo
Para a ferida da alma não é tão diferente. Nós precisamos dar tempo para ela se curar de coisas que não foram cuidadas no tempo que tinham que ser. Não tínhamos como fazer isso na época.
Mas agora nós sabemos. Podemos ser uma boa morada para nós mesmos. Podemos ser alguém de confiança mesmo em processo de cicatrização das nossas feridas.
Me orgulho de ser quem sou agora
Tenho aprendido a me transformar em alguém de quem me orgulho. E, com isso, eu amo ser uma mulher adulta que, em pleno sábado às 22h, está aqui escrevendo a edição da sua newsletter para segunda-feira.
Amo o fato de que agora consigo ser a mulher que se compromete com o que é, de fato, importante para si. Algo que eu gostaria de ter sido antes, mas não consegui.
Fazer as pazes com o passado
Admitir isso para mim mesma é muito poderoso. Significa que estou em sintonia com as coisas que pretendo alcançar no futuro.
Esse compromisso é uma forma de admitir que estou fazendo as pazes com o meu passado. Não mais fugindo, mas me acolhendo. E, acima de tudo, sendo honesta com os próprios desejos.
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Com amor,
Bianca Rosa